sábado, 9 de julho de 2011

[CIÊNCIA] Rato-toupeira-pelado: o único verdadeiro super-herói, cujo DNA pode nos salvar.


O rato-toupeira-pelado é a maior prova de que aparência não é tudo nessa vida: existem outras coisas mais interessantes, como viver dez vezes mais do que outros mamíferos do seu tamanho, suportar condições extremamente duras sem sentir um pingo de dor ou desagrado, e derrotar o câncer. 


O rato-toupeira-pelado é tudo isso, e nem sequer sabe. Não é surpreendente, portanto, que pesquisadores britânicos estejam sequenciando o genoma do roedor à procura de pistas para tanta longevidade e coragem. 


O projeto inicial de sequenciamento do genoma já está completo e foi colocado na internet para que vários outros pesquisadores o possam acessar, na esperança que biólogos e geneticistas consigam desvendar o mistério por trás da dureza única do rato-toupeira-pelado. 


Por exemplo, os ratos-toupeira-pelados vivem cerca de 30 anos, enquanto ratos comuns vivem cerca de 4. E pior: eles vivem em ambientes hostis, subterrâneos, onde o oxigênio é escasso. 


Eles também apresentam resistência a uma série de doenças, nomeadamente o câncer. Não há mortes registradas devidas ao câncer em ratos-toupeira-pelados nas décadas de estudos dedicados às criaturas – e isso faz do seu genoma um terreno de caça rico para pesquisadores que querem identificar marcadores genéticos do câncer ou mecanismos de resistência à doença. 


E essa não é a única peculiaridade interessante que os pesquisadores gostariam de explorar no genoma do animal. Pesquisas anteriores mostraram que eles não sentem dor na pele e são surpreendentemente resistentes a derrames; os roedores já são imbuídos de uma baixa taxa metabólica, que lhes permite viver com menos oxigênio, mas esta característica física pode ir além do simples metabolismo. 



Acabou? Não. Esses ratinhos também são a prova de ácido, que não parece queimá-los. Só falta descobrirem que eles são geneticamente predispostos a parar balas no ar. Em outras palavras, o rato-toupeira-pelado, embora não completamente indestrutível, é um sobrevivente com quem temos muito o que aprender – pelo menos no que diz respeito a truques genéticos; e o projeto genoma é só o começo.


Fonte: hypercience

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